Portfolio

Enquanto artista queer branco e não binário, o meu trabalho tem como objetivo assumir a responsabilidade pela opressão sistemática dos meus antepassados, ao mesmo tempo que empodera identidades não normativas.

Como artista e ativista, abordo a identidade como um arquivo histórico de conflitos psico-sociais. A identidade é, no meu trabalho, o diálogo entre o que nos ensinaram a ser e aquilo em que nos tentamos tornar. Entre a doutrinação precoce de valores e tradições opressivos e o questionamento e contestação dessas mesmas crenças nucleares.

No meu trabalho, pesquiso estratégias artísticas, políticas e teóricas que possam responsabilizar tanto os intérpretes como o público pela sua herança opressiva e pelas suas manifestações na sociedade contemporânea. A minha abordagem autobiográfica é essencial para a forma como pretendo criar um diálogo íntimo e honesto com o público, e assegura que o meu pensamento crítico derive de uma posição de conhecimento empírico. Em última análise, investigo os padrões orais e físicos do colonialismo, da brancura e do patriarcado no meu próprio corpo e biografia.

Criações

Arte Performativa

FLÓBÉR - 2024

Performers: Telmo Branco e Ren Mauney

FLÓBÉR é uma performance ativista que aborda a relação simbiótica entre a família e os estados-nação na proliferação de práticas ditatoriais e coloniais.

Este trabalho interdisciplinar explora os conceitos de amor colonial e opressão internalizada através das biografias de dois cidadãos brancos não binários de origem Portuguesa e Estadunidense.

Com o apoio de: República Portuguesa - Cultura / Direção-Geral das Artes and Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril; Fundação GDA; e DISTANZEN Solo - Dachverband Tanz Deutschland und NEUSTARTKULTUR.

Em Digressão

O Indizível - Trilogia, 2022/2023

O Indizível - Trilogia abordou a violência estrutural de género e sexual através de 3 formas diferentes de opressão histórica: misoginia queer, puritanismo religioso e masculinidade tóxica. Os temas centrais desta trilogia foram o silenciamento e a estigmatização dos sobreviventes de abusos e a importância de denunciar a violência normalizada.

Apresentações:

O Indizível - Parte 1: Acker Stadt Palast e Galeria Hosek Contemporary, Berlim - Alemanha, 2022.

O Indizível - Parte 2: Malavoadora, Porto - Portugal, 2022.

O Indizível - Partet 3:  MalaPosta, Lisboa, 2023-; Goethe-Insitut Lisboa, 2023; Festival MAPS, Setúbal, 2023; Festival de Teatro do Seixal, - Portugal, 2023

Criação, performance e sonoplastia: Telmo Branco. 

Assistência: Ren Mauney.  

Camara: Lúcia Pires, Ren Mauney e Alicja Hoppel.

Edição (fotografia e video): Telmo Branco.  

Com o apoio de: Goethe-Institut Lisbon, Largo Residências e Polo Cultural das Gaivotas.  

Financiado por: DISTANZEN Solo | Dachverband Tanz Deutschland and NEUSTARTKULTUR

Projetos Anteriores

A MARCHA - 2022

A MARCHA é uma peça interdisciplinar que procurou resgatar o corpo queer da sua existência colonial carcerária. Para os indivíduos LGBTQ+ BIPOC, significou reconhecer o sofrimento que o colonialismo teve nos seus corpos, nas suas mentes e nos seus antepassados, ao mesmo tempo que honrou o seu direito a existência. Para os LGBTQ+ brancos, significou aprofundar na herança colonial que lhes foi transmitida, ao mesmo tempo que reconhecer a imposição forçada e fatal, da doutrina heterenormativa de género e sexualidade nos seus corpos.

Apresentações:

Humboldt Forum, Berlin Germany, 2022

" A Marcha" foi apresentada no contexto do projeto "Moving the Forum", com curadoria de Jana Luthje.

Conceito: Adrian Marie Blount (GodXXX Noirphiles), e Telmo Branco.

Criação e coreografia: Telmo Branco

Sonoplastia: Adrian Marie Blount

Performers: Selma Radz, Amanda Abergheim, Nana, Mandy lan, Sasha Kills, Bela Belissima, ESRAordínaer *, Stella Spoon, Michelle Gutierrez.

Financiado por: Stiftung Humboldt Forum, Berlin.

A Tradição - 2020/2021

A Tradição é uma é uma obra interdisciplinar que confronta diferentes formas de opressão patriarcal e as suas raízes. Este projeto explora os vestígios deixados na nossa sociedade por séculos de doutrinação religiosa e imperial e os seus efeitos em corpos não heteronormativos.

O reconhecimento da nossa história traumática leva à reconciliação e à auto-verdade. "A Tradição" explora essa viagem tumultuosa, o desmantelar da vergonha e do medo, a reconstrução do sentido de identidade e a libertação e sanação resultantes.

Apresentações

Lake Studios, Scope BLN, e Acker Stadt Palast, Berlim Alemanha, 2020/2021

Criação, Performance e Sonoplastia: Telmo Branco

Video e Fotografia Promocional: Ren Mauney and Telmo Branco

Filmografia de cena: Alicja Hoppel

Com o apoio de: Lake Studios, SCOPE BLN, Acker Stadt Palast, e Fabrik Potsdam- Berlin.

Prémios: Air Scope Berlin Award

Filme 2020/2021

A Tradição - O Filme cruza as disciplinas de teatro, dança, sonoplastia e documentário para explorar as consequências da opressão religiosa e militar em Elvas, uma pequena cidade no sul de Portugal.

O REINO

Criação, Fotografia, Video, e Performance: Telmo Branco

Camera e Assistência Artística: Rachael Mauney

Musica: Telmo Branco e desconstrução sonora de Henry Purcell, e "Monks of the Drepung-Loseling Monastery".

With the support of Späth-Arboretum, Berlin.

" O Reino" resultou de colaborações anteriores com o Festival D2D e Pépinieres Européenes de Création.

O Reino é um filme de dança-teatro, que retrata a tentativa de um homem de se libertar das amarras fantasmagóricas do seu pai. O filme debruça-se sobre os efeitos persistentes da parentalidade masculina tóxica na formação da identidade.

A Tradição - O Filme, 2021

O Reino - 2020

A TRADIÇÃO - O FILME

Criação: Telmo Branco

Performance: Rachael Mauney e Telmo Branco

Camera and fotografia: Ren Mauney

Filmografia e Edição de imagem: Telmo Branco

Musica e Sonoplastia: Marcelo Schmittner

Masterização da musica "Oh Mãe": Ariel Schlichter

Voz-off, Guião e Letras: Telmo Branco

Entrevistados: Sónia Latas, Odete Ortiz, Miguel Branco and Rui Brinquete.

Com o apoio de: Acker Stadt Palast e Hošek Contemporary - Berlin.

Menções Honrosas

InShadow - Lisbon Screendance Festival - Selection

ROLLOUT Dance Film Festival, Macao- Official Selection.

Menções Honrosas

Make art no fear (PT) - Semi-finalista,

MIFA - Madeira International Film Awards (PT),

Multiplié Dance Film (NO)

Europe NOW Film Festival (UK).

Research works

Wavering foi uma performance interdisciplinar de curta duração que abordou a temática de dinâmicas familiares disfuncionais. Este projeto performativo investigou os mecanismos de funcionamento da negação do trauma de infância e as suas repercussões nas relações interpessoais adultas.

Rough Sublime (on wires) é uma colagem de sketches performativos de temática folclórica, de um homem rural que interage pela primeira vez com aparelhos tecnológicos. Este projeto abordou o ponto de encontro entre o isolamento rural e a globalização da Internet, ao mesmo tempo que explorou os papéis arcaicos do homem e da mulher, presentes na infância do performer.

Wavering - 2018

Rough Sublime (on wires) - 2018

Criação: Telmo Branco

Performers: Ren Mauney e Telmo Branco

Sonoplastia: Annelie Andre

Fotografia: Jochen Nünning

Filmografia: Andre Keiz

Apresentado no âmbito do festival "Nah Dran: Extended", com curadoria de Victoria McConnell.

Estreia: Lake Studios, Berlim Alemanha 2018.

Criação: Telmo Branco

Performers: Ren Mauney e Telmo Branco

Fotografia: Nicole Michalla e Maria Torrents

Filmografia: Nobutaka Shomura

Apresentado no âmbito do festival “Triple the Bill”, com curadoria de Marcela Gishe

Estreia: Ada Studios, Ufer Studios, Berlim Alemanha 2018.

Outros trabalhos (selecção): 2017 - presente

Contratação de artista como atore, bailarine, performer e/ou sonoplasta.

Obras por ordem de aparecimento (da esquerda para a direita)

BODY RIOT, 2022 - Criação: Ren Mauney. Funções: Performer, sonoplasta. Fotografia: Fabiana Piscitelli. Estreia: Hosek Contemporary, Berlim, DE.

Amplify 1 e 2, Sonoplastia Poética, 2021/2022 - Curadoria: Ren Mauney. Funções: Performer sonoro. Fotografia: Ren Mauney. Estreia: Hosek Contemporary

MATRILINEAL, 2021/22 - Criação: Ren Mauney. Função: Performer, sonoplasta. Fotografia: Alicja Hoppel. Estreia: Acker Stadt Palast, Berlim, DE. + digressão.

Trequanda, 2020 - Criação: Verónica Riz. Funções: bailarine, performer. Fotografia: Gregor Khuen. Estreia: Ex-Masten, Bolzano, IT.

O Intruso, 2019 - Criação: Helena Waldman. Funções: bailarine, performer, cantore. Fotografia: themovingpictureartist. Estreia: Theater im Pfalzbau, Ludwigshafen, DE + digressão.

TRUST, 2018 - Criação: Coletivo Construst (Malwina Stepien). Funções: bailarine, performer. Fotografia:Michael Theis. Estreia: Hellerau, Dresden, DE + digressão.

While The Others Go Wild, 2018 - Criação: João Cidade. Funções: Atore, bailarine, performer. Fotografia: Manon Santi. Estreia: Acker Stadt Palast, Berlim, DE.

STOIC, 2018 - Performance Fotográfica dirigida por Telmo Branco em colaboração com Rudi Berr e Ren Mauney. Fotografia: Rudi Berr Studios - Berlim, DE.

Die Zeugen Im Zeughaus, 2017 - Criação: Lea Pitschke e Michael Baumann. Funções: bailarine, performer. Fotografia: Andrej Wawel. Estreia: Uferstudios, Berlim, DE.

Aggregation, 2017 - Criação: Alexandra Pirici. Funções: Performer, cantore. Fotografia: W Menezes. Estreia: N.B.K, Berlim, DE.

SYNTAGMA, 2017 - Criação: Annelie Andre. Funções: Atore, bailarine, performer. Fotografia: Stefan Tietz. Estreia: Antiga Willner Brauerei, Berlim DE.

Città del Vaticano, 2016/2027 - Criação: Falk Richter e Nir de Wolff. Funções: Atore, bailarine, performer. Fotografia: Matthias Heschl. Estreia: Schauspielhaus Vienne, AT + digressão.

woman wearing yellow long-sleeved dress under white clouds and blue sky during daytime

Fiquei profundamente comovida, estremecida a muitos níveis e também intrigada com o teu processo de criação e com a tua coragem em reivindicar a cura como a única forma. É uma peça muito poderosa, fascinante e necessária.

(Em referência a FLÓBÉR)

Murielle Elizéon, Culture Mill, USA

Uma obra profunda e de grande impacto, que me deixou profundamente impressionada.

(Em referência a O Indizível - Parte 3)

Julia Klein, Goethe Institut, Portugal

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